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Foz do Iguaçu - Parte 2 - Cataratas brasileiras

  • Foto do escritor: Heraldo Fernandes
    Heraldo Fernandes
  • 5 de dez. de 2015
  • 9 min de leitura

Olá, pra você que tem alma de viajante!

Foz do Iguaçu no Paraná é uma das cidades turísticas mais visitadas do Brasil. A cidade que abriga as incríveis cataratas do rio Iguaçu, ajuda o Brasil a manter a fama de ser um país de grandes riquezas naturais.

Falaremos um pouco sobre o lado brasileiro das cataratas e dividiremos essa incrível sensação!

Lado brasileiro das cataratas do Iguaçu

Parque Nacional do Iguaçu

O Parque Nacional do Iguaçu, patrimônio natural da humanidade, abriga o principal ponto de visitação da região de Foz, as cataratas do Iguaçu.

O parque abriga uma enorme biodiversidade de fauna e flora. Segundo o Instituto Chico Mendes, estão catalogados cerca de 257 espécies de borboletas, 45 mamíferos dentre eles a onça pintada, 12 anfíbios, 41 serpentes, 8 lagartos, 18 peixes e 200 espécies de aves. Riquíssimo em natureza, possui uma área total de 185.262,2 ha. Toda essa variedade de natureza, fez com que em 1986 a UNESCO reconhecesse e instituísse o parque como sítio do patrimônio mundial natural.

Ao caminhar pelas trilhas do parque, é muito comum encontrar aves, borboletas, répteis e diversos insetos. Segundo alguns empregados do parque, já foi visto uma onça pintada aparecer de surpresa em meio a mata, na estrada aberta para passagem do trem que leva os visitantes ao passeio do Macuco safari.

Na entrada do Parque Nacional do Iguaçu, você deverá enfrentar uma fila considerável para pagar o valor equivalente ao seu ingresso ao parque. Caso você esteja com alguma empresa de turismo ou guia, eles tem atendimento diferenciado e poderão te ajudar a evitar esse tempo de fila. Mas de um modo geral, apesar do tamanho das filas o atendimento é rápido devido a grande quantidade de guichês para atendimento.

As entradas no parque variam de acordo com a nacionalidade do visitante. Estrangeiros, brasileiros e pessoas de países membros do Mercosul pagam preços diferentes. As entradas incluem o transporte interno do parque, que se faz necessário pois é esse transporte que leva até a parada do Macuco Safari e a trilha das cataratas. O parque possui uma frota com alguns ônibus articulados e também os favoritos dos turistas, os de estilo double-decks, com visão panorâmica na parte superior do ônibus.

Vale ressaltar que a fila para embarque também é bem grande e dura por volta de 20 a 30 minutos para embarcar.

Durante a maior parte do trajeto do ônibus não há muito o que se ver, é uma estrada de asfalto cercada de mata dos lados.

Alguns guias dizem que as manchas brancas nas árvores são fungos, só encontrados em lugares em que o ar é 100% puro... Bom, ai eu perguntei ao guia: Como o ar pode ser 100% puro se dentro do parque circulam veículos que utilizam combustível fóssil (gasolina, diesel, etanol, etc.)? A resposta não foi convicente! rs!. Já outro guia me disse que esse tema é contraditório e que há sim um índice de pureza no ar para que o fungo (líquen branco ou rosa) se propague, entretanto, os índices de pureza devem ser altos. Achei essa explicação mais convincente.

Fila para embarque no ônibus do parque

O embarque é feito de acordo com o andamento da fila, então pode ser que você tenha que seguir viagem em um ônibus articulado e não em um double-deck que é a sensação entre as crianças.

Ônibus double-deck

Passeio do Macuco Safari

Uma das paradas no trajeto é a estação Macuco Safari.

O Macuco Safari é um atração imperdível do parque, onde você será levado em um barco para uma experiência bem próxima as quedas d'água.

Na entrada do passeio do Macuco após a bilheteria, você embarcará em um trenzinho com um guia. Os guias são muito animados e ao longo do caminho eles vão contando sobre a fauna e a flora encontrados dentro do parque nacional, fazendo paradas em alguns momentos para explicar sobre algumas espécies de plantas encontrados ao longo do trajeto. Eu cheguei a ver um tucano voando no caminho.

Ao final do trajeto, o trem faz uma pausa. Nesse momento você terá que tomar uma decisão importante: Pra quem tem disposição, condições físicas e está na vibe, continuar o trajeto caminhando por uma trilha guiada de 600 metros, nesse caminho será possível ver diversas espécies de plantas e talvez com sorte até algum animal silvestre que cruze a trilha.

Caso decida não prosseguir pela trilha, há uma parada em que você irá embarcar em um jipe que conduz pelo caminho restante, ambos os caminhos levarão ao mesmo lugar, a entrada do Macuco Safari.

Trem para o Macuco Safari

Na entrada do Macuco Safari você deverá descer umas escadas que te levarão a área dos lockers (armários) e dos vestiários. Se você trouxe volumes que devem ser guardados, roupa para trocar, ou vai colocar a capa para não se molhar, esse é o local. Dependendo do grupo que chega ou que sai, os espaço fica lotado, seja rápido para se livrar logo desse perrengue.

Após utilizar o vestiário, desça mais um lance de escadas para chegar ao ancoradouro dos barcos infláveis que fazem o passeio. Na entrada da plataforma ficam os coletes salva-vidas que deverão ser colocados antes que você acesse a embarcação, entre na fila de espera e aguarde o anuncio do instrutor para prosseguir. A entrada e a saída do barco não foi tão organizada quanto imaginei que seria, as pessoas escolhem o lugar e entram duas ou três ao mesmo tempo no bote. A saída é a mesma bagunça, a lógica seria sair primeiro quem está nos primeiros assentos e em seguida os assentos traseiros.

Plataforma de embarque

O barco inflável parte rio a fora encarando as ondas formadas pelo forte vento que corta a região. A velocidade do barco aumenta a dose de emoção nos momentos certos durante a navegação pelo rio.

Após alguns minutos navegando, o barco faz uma parada para fotografias em uma das quedas, onde será possível registrar o momento em uma distância média. Até esse momento da pra usar o celular para tirar fotos, embora eu não recomende que se faça uso durante o período em que estiver no barco. Se você não levou algum equipamento fotográfico que seja a prova d'água, não arrisque, deixe ele guardado no armário e compre as fotos e/ou o vídeo que o assistente do piloto da embarcação vai fazendo durante o caminho incluindo na parada para fotos e no momento do banho das cataratas.

O banho das cataratas é o ápice do passeio, pois por alguns instantes você poderá sentir um pouco da força da natureza. A sensação é realmente indescritível!

O piloto da embarcação para ao lado da queda e é claro que a distância a qual ele aproxima o barco da queda é muito segura, porém, mesmo assim a força da água é tão intensa que você sentirá uma adrenalina intensa durante esse momento. A vontade de voltar e sentir novemente essa enorme queda, é grande, mas calma... tem bis! Após se afastar um pouco da queda para todos tomarem um folego, o barco volta novamente para a queda e mais uma vez a adrenalina toma conta de todos no barco. A euforia é geral e nesse momentos todos no barco estão molhados da cabeça aos pés.

Após esse banho o barco retorna ao ancoradouro ainda com uma certa dose de emoção, enfrentando de novo as ondas do rio.

Após desembarcar, é hora de deixar o colete no ancoradouro e subir os lances de escada de novo para a estação, pegar o jipe, depois o trem e retornar para a estação Macuco Safari.

Pausa para fotos no trajeto das cataratas

Um pouco de adrenalina rio a dentro

Horários da atração:

O passeio do Macuco Safari funciona diariamente das 09h as 17h30, com saída a cada 15 minutos.

Informações gerais e preços: comercial@macucosafari.com.br

Veja o vídeo do Macuco Safari em nosso canal no YouTube Soul Turista

Cataratas do Iguaçu

Eu recomendo que você faça o passeio das cataratas e do Macuco Safari no mesmo dia, da pra fazer os dois caso você não faça a visita em datas de grande movimento. Faça primeiro o Macuco Safari e depois vá para as trilhas das cataratas.

Logo na entrada há um mirante com uma vista bem bacana das cataratas, esse é o cartão de visitas do parque dando uma prévia do que está por vir ao longo do caminho.

No mirante e em outras partes do parque é comum encontrar os quatis, animais engraçados e curiosos que se espalham pelo parque e fuçam tudo se acharem que tem comida. Houve uma cena engraçada em que um visitante estava com um sanduíche na mão e um dos quatis roubou sorrateiramente o lanche.

Mas, apesar de ser um animal de aparência dócil e ser um convite a interação, trata-se de um animal silvestre e transmissor de raiva, que segundo alguns locais, pode morder alguém caso provocado, portanto, evite tocar ou alimentar os quatis, assim como qualquer outro animal silvestre encontrado no parque.

Quati curioso tenta fuçar a mochila do turista em busca de comida

Turistas apreciam a vista e registram imagens das cataratas

Para a caminhada das cataratas, recomendo que você vá com calma e separe no mínimo de 3 a 4 horas para apreciar tudo com um pouco mais de calma, isso de acordo com o seu ritmo de caminhada.

A trilha se inicia à esquerda do mirante de entrada, e ao longo da caminhada é difícil saber qual é o ponto mais bonito para parar e apreciar as quedas d'água. Em alguns momentos os mirantes ao longo do caminho ficam cheios, como todo mundo quer registrar o momento via fotografia, a espera chega a criar filas. Seja paciente e se avaliar que não vale a pena encarar a fila para a foto, aprecie a paisagem e siga a caminhada, pela frente outras mais incríveis virão.

É impressionante a quantidade de estrangeiros encontrados no parque visitando as cataratas, o parque possui estrutura com placas em inglês e empregados bilíngues.

Mirantes ao longo do caminho disputado pelos visitantes

Durante um bom pedaço do caminho, praticamente até a metade, você não se molha devido a distância entre os mirantes e as quedas, porém, quanto mais você anda, mais próximo do chamado "spray" você vai ficando, ai se molhar passa a ser uma questão de sorte, mas se você quer sentir de perto e olhar melhor as cataratas, você precisa encarar o esguicho natural formado pela força da água caindo. Cuidado com os equipamentos eletrônicos que não são à prova de água, coloque uma capa e vá em frente!

Em um dos mirantes mais disputados do caminho, a queda forma um arco-íris logo abaixo do observatório, a vontade que dá realmente é de ficar ali parado por horas admirando a natureza e observando o volume incrível de águas que passa pelas quedas.

Arco-íris formado abaixo do mirante

O término da caminhada é realmente recompensador. Ao longe é possível ir avistando o mirante principal que da vista para a garganta do diabo, uma queda muito impressionante. Se você conseguir chegar até este ponto sem se molhar, prepare-se, pois você sairá completamente ensopado da passarela que margeia a garganta do diabo e um paredão de água do lado oposto.

Como dito, se molhar é inevitável. A força das águas gerando uma névoa com gotas de água espirradas do impacto das quedas. O mais importante é não se preocupar com isso e aproveitar o banho recarregar as energias, seja usando uma capa ou não.

Vista do mirante na garganta do diabo

Saindo da mirante e da passarela de acesso a garganta do diabo, existe um último ponto de visitação, um paredão com uma queda d'água a pouquíssimos metros do ponto de observação. Do lado brasileiro é a experiência mais próxima das cataratas que se pode ter.

No mirante do paredão (como eu o apelidei), o chão é de metal vazado, permitindo a visão da parte inferior da queda, é muito bonito mas pode dar vertigem em algumas pessoas. Chegar próximo do paredão de água é muito divertido e o banho é garantido a essa curta distância, sem dúvida é o lugar em que as crianças mais fazem a festa.

Vista superior do paredão d'água

Sem dúvida alguma as cataratas do Iguaçu são parte da riqueza natural do Brasil e devem ser visitadas e apreciadas por todos!

Horários e valores de ingressos:

O parque Nacional do Iguaçu recebe os visitantes diariamente das 09h as 17h.

Os valores abaixo tem como referência a portaria MMA/CMBIO nº 43 de 30 de setembro de 2015, em vigor desde 01 de novembro de 2015, expressos em Reais (R$). Para maiores detalhes acesse o site: http://www.cataratasdoiguacu.com.br

Estacionamento geral: R$ 19,00

Estrangeiros Ingresso:

Integral + transporte Adultos (a partir de 12 anos): R$ 56,30

Crianças (De 2 a 12 anos): R$ 8,00

Visitantes de países membros do Mercosul:

Integral + transporte Adultos (a partir de 12 anos): R$ 45,30

Crianças (De 2 a 12 anos): R$ 8,00

Países integrantes: Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela

Brasileiros:

Integral + transporte Adultos (a partir de 12 anos): R$ 33,30

Crianças (De 2 a 12 anos): R$ 8,00

Idosos (A partir de 60 anos): R$ 8,00

A lenda das cataratas:

Conta-se que os índios Caigangues, habitantes das margens do Rio Iguaçu, acreditavam que o mundo era governado por M'Boy, um deus que tinha a forma de serpente e era filho de Tupã. Igobi, o cacique dessa tribo, tinha uma filha chamada Naipi, tão bonita que as águas do rio paravam quando a jovem nelas se mirava.

Devido à sua beleza, Naipi era consagrada ao deus M'Boy, passando a viver somente para o seu culto. Havia, porém, entre os Caigangues, um jovem guerreiro chamado Tarobá que, ao ver Naipi, por ela se apaixonou.

No dia da festa de consagração da bela índia, enquanto o cacique e o pajé bebiam cauim (bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá aproveitou e fugiu com a linda Naipi numa canoa rio abaixo, arrastada pela correnteza.

Quando M'Boy percebeu a fuga de Naipi e Tarobá, ficou furioso. Penetrou então as entranhas da terra e, retorcendo o seu corpo, produziu uma enorme fenda, onde se formou a gigantesca catarata.

Envolvidos pelas águas, a canoa e os fugitivos caíram de grande altura, desaparecendo para sempre. Diz a lenda que Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas revoltas.

Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a garganta do rio. Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta sob a Garganta do Diabo onde o monstro vingativo vigia eternamente as duas vítimas.

Espero que as dicas tenham ajudado! Boa viagem!!

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